domingo, 31 de julho de 2011

Será que somos verdadeiramente livres?

De acordo com Benjamin Constant em seu texto Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos, o homem, conforme a vida moderna foi surgindo e se instalando, deixou de exercer sua soberania nas questões públicas para se tornar independente nas suas questões privadas. A isso Benjamin Constant denominou “liberdade moderna”.




Para este autor, a verdadeira liberdade moderna é a liberdade individual. Essa liberdade é caracterizada, sobretudo, pela primeira das necessidades modernas, a qual o mesmo identificou como sendo a independência individual, onde o indivíduo se submete tão somente às leis de sua nação e a nada mais. Nesse pressuposto, a sociedade é obrigada a respeitar os direitos que os indivíduos possuem e os indivíduos, por sua vez, estão mais preocupados com o alcance do seu bem-estar individual, do que com o alcance do bem-estar social.

Nessa visão, e devido à complexidade que a sociedade adquiriu na modernidade, o papel político do indivíduo na sociedade foi reduzido, sendo restringido a mera utilização do voto para escolher representantes políticos, a soberania dos indivíduos passou a existir somente nas aparências, de forma abstrata. E é nesse sistema representativo, decorrente da independência individual, que está uma das principais singularidades da liberdade moderna: o indivíduo decide quem deve decidir por ele nos assuntos de interesse político e acredita que assim estará renunciando ao seu direito de participar das decisões. No entanto, para que exista liberdade individual é necessário que exista a liberdade política e a cada indivíduo é conservado o direito de exercê-la.

Enfim, o texto Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos de Benjamin Constant aborda estes dois tipos de liberdade: a “liberdade individual” e a “liberdade política”, onde o autor procurou demonstrar a importância e as singularidades de cada uma historicamente, a fim de dar embasamento a sua colocação de que uma não aniquila a existência da outra. Pelo contrário, é necessário aprender a combiná-las, uma vez que a “liberdade política” é a garantia de que haverá “liberdade individual”.


Fontes:
Imagem retirada de: http://dan-poucodetudo.blogspot.com/2011/01/liberdade.html.


Referências:
CONSTANT, Benjamin. Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos. Disponível em: http://caosmose.net/candido/unisinos/textos/benjamin.pdf . Acesso em: 28 Jul 2011.

DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS. Ostracismo. Disponível em: http://www.dicio.com.br/ostracismo/. Acesso em: 29 jul 2011.


WIKIPÉDIA. Política. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica. Acesso em: 29 jul 2011.

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